Cena anti-poética do cotidiano em ritmo de noticiário ou Se perdendo de Deus.
Ontem, na avenida Henrique Schaumman havia um moleque de rua vestido de palhaço: pés sujos, peruca colorida e maquiagem no rosto.
Tentava fazer malabares com graça, apesar da gesticulação apagada.
O motorista nem abriu o vidro. Engatou a terceira e foi embora.
Ele pensando em trocados e eu em minha máquina fotográfica. "Cada qual com suas misérias", pensei.
Fechei minha janela contemplativa, quando cheguei ao fim da faixa de pedrestes. Apertei o passo, precisava correr. Mas para onde, mesmo?
Tentava fazer malabares com graça, apesar da gesticulação apagada.
O motorista nem abriu o vidro. Engatou a terceira e foi embora.
Ele pensando em trocados e eu em minha máquina fotográfica. "Cada qual com suas misérias", pensei.
Fechei minha janela contemplativa, quando cheguei ao fim da faixa de pedrestes. Apertei o passo, precisava correr. Mas para onde, mesmo?